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Tudo que você precisa saber sobre constelação familiar

constelação familiar

Conhecer tudo sobre a constelação familiar é o caminho para usar essa terapia. A gente sabe que existem marcas hereditárias que são expressas no corpo e algumas pode ficar no inconsciente da família.

Você já se pegou realizando uma ação que seus pais faziam, mas nunca havia pensado sobre ela? Isso é muito comum, por exemplo, na criação dos filhos, pois o padrão da mãe passa para a filha.

Inclusive, há distúrbios de ordem psicológica que podem ser herdados. Como nos lembra a matéria da Veja, a depressão é uma delas.

Por isso que o tema da nossa conversa é tudo sobre a constelação familiar. Uma técnica que pode ajudar a resolver problemas em sua vida que tem origem nas suas relações parentais. Vem comigo!

 

O que é constelação familiar?

Pensando em tudo sobre a constelação familiar, é preciso mostrar sua definição, para Ana Lúcia Braga, autora de “Constelações Familiares: Relatos de Conflitos e Soluções”, essa prática é

“Transformadora e busca na família a origem de dificuldades, bloqueios e padrões comportamentais que trazem sofrimentos desenvolvidos ao longa vida.”

Sonia Onuk usa uma boa metáfora para descrever esse processo, para ela “A Constelação Familiar é um mapa que nos permite acessar a linguagem do coração”.

A autoria diz isso, porque muitas vezes estamos lidando com sentimentos e conceitos abstratos que a própria pessoa enraizou ao longo da convivência. É na família que o afeto será ou não desenvolvido e que a base para a vida será aprendida.

 

Como surgiu?

O Portal Educação nos mostra que foi Bert Hellinger quem iniciou os primeiros trabalhos com Constelação Familiar. Ao cconviver com tribos Zulus na África, por mais de 20 anos, ele observou que a relação entre os membros determinava acontecimentos por gerações.

Principalmente quando falamos de grandes traumas, como o caso da Família Kennedy. Esses tendem a “ficar enraizados nas tramas familiares”. O que piora quando não se discute a respeito ou se foge deles.

Já a técnica das Esculturas Familiares foi criada pela psicóloga Virginia Satir e é usada amplamente pelos facilitadores da Constelação Familiar.

 

Você sabia que repete comportamentos?

Um dos conceitos mais conhecidos em relação ao psicológico e o ambiente familiar é o Complexo de Édipo, explorado por Freud. Nele o menino cria um desejo tão forte pela mãe que chegar a ter fortes ciúmes pelo pai.

Mas há outras questões que podem surgir desse convívio familiar. Até mesmo porque a família é o primeiro contato com a sociedade que a criança tem. É com ela que princípios, valores e caráter serão criados.

O problema é quando a família não proporciona uma base adequada, ou perpetua valores que não são adequados.

Um grupo parental que não tenha o costume de conversar sobre emoções pode culminar em um adulto que não consegue lidar bem com seus sentimentos, por exemplo.

 

Uma anedota

Uma história que ilustra de maneira didática como repetimos atos inconsciente é da anedota a seguir.

A filha aprendeu com a mãe que sempre cozinhava o frango caipira da mesma forma, cortava o pescoço, arrancava as coxas e colocava na panela para cozinhar com temperos.

E isso foi sendo passado por várias gerações, até que a quando a neta começou a cozinhar ficou intrigada em por que se cozinhava o frango daquele jeito. A mãe respondeu que havia aprendido com sua avó, essa por sua vez disse que havia aprendido com sua bisavó.

Para a sorte da moça sua bisavó ainda estava viva, embora estivesse em idade bem avançada. Assim, ela se dirigiu a casa da matriarca e questionou, por que ao cozinhar o frango ele deveria ser feito daquela forma.

A mulher, já bem idosa, respondeu: “bem, eu costumava cortar o pescoço e retirar as coxas, por causa que minha panela era muito pequena.

Pode parecer uma história simples, mas veja bem como uma pequena ação desenvolveu uma cultura familiar. Muito provavelmente a filha da bisneta repetiria a “receita de família” sem saber do porquê do modo de preparo.

 

O lugar do Eu e o outro

Continuando nos nossos raciocínios de tudo sobre Constelação Familiar, não podemos nos esquecer do nosso lugar como indivíduo.

Devido o convívio diário, é comum que acabemos “deformando” algumas características particulares em prol do bem comum. Por exemplo, há crianças que os pais desejam que sejam médicos, advogados ou trabalhem em profissões de renome, por causa de um sonho não realizado.

Esse é um grande problema, pode ser que a criança não compartilhe daquele anseio. Esse é o lugar dela, não o lugar dos pais.

O mesmo acontece ao tomar uma decisão pensando em como seus familiares reagiriam, mesmo sabendo que é o que seu “coração manda”. Por isso, é preciso sempre ter bem estabelecido o seu lugar e o do outro.

Será que essa é uma vontade minha? Será que esse comportamento é realmente meu ou estou apenas reproduzindo?

 

Efeito manada

O mais comum ao estar no coletivo é o efeito manada, ou seja, repetimos atos porque o grupo está realizando. Isso pode ser perpetuado de maneira involuntária.

Vamos dizer uma família costume dizer que “dinheiro não traz felicidade”, “todo rico é ganancioso”, “o dinheiro é a raiz de todos os males”, tudo isso pode ser absorvido.

Então, chega em um ponto que o sujeito não consegue melhorar de vida, mas não entende o que está eliminando sua força de vontade para gerar mais renda.

Nestes casos, a pessoa precisa refletir sobre suas ações e frear este ato. Para entender mais sobre o efeito manada, veja esse episódio do Mind Field.

 

 

Tudo sobre a constelação Familiar:  as três principais leis

Dentro da Constelação Familiar existem três leis principais, que, como já citei aqui no blog, são:

Pertencimento: todos os membros de um sistema familiar possuem o mesmo direito de pertencer, independente de quem são e de suas ações. E quando são excluídos por questões morais ou de merecimento, o sistema exigirá o reequilíbrio, que geralmente acontece de formas indesejadas.

 

Ordem: esse princípio significa respeitar a hierarquia. Ou seja, quem chegou primeiro no sistema tem prioridade em relação aos que chegam depois. Isso significa reconhecer e respeitar seus conhecimentos e experiências.

 

Equilíbrio: em relacionamentos amorosos e amizades, todos chegaram juntos. Então é necessário que exista equilíbrio entre o dar e o receber.

 

O funcionamento da hierarquia

Além disso, não podemos esquecer que nessa rede familiar, quem veio primeiro precisa receber o devido respeito. Isso é principalmente observado nas comunidades tribais com as quais Bert Hellinger trabalhava.

Nelas, os anciões possuíam mais autoridade e eram os responsáveis pela manutenção da cultura da tribo. Nos vemos isso, também em grupos indígenas, nos quais pajés e caciques tendem a ser mais velhos.

O mesmo precisa acontecer em nossas vidas, não falo só de nossos pais e avós, mas também de conhecermos as histórias de nossos ancestrais. Esse conhecimento é essencial para entendermos nossa atual situação.

 

Necessidade de Relações equilibradas

O equilíbrio é a chave da ignição de relações saudáveis, veja bem os papéis de pai, mãe, filho, neto etc. precisam ser muito bem estabelecidos, principalmente os demais autoridade.

Muitas vezes distúrbios acontecem porque o filho acaba tomando responsabilidades que são dos pais, ou os pais não entregam ao filho seus deveres dentro do grupo.

Esse desequilíbrio pode desencadear ansiedade e até culminar em relações tóxicas ao longo da vida da criança.

 

Constelação familiar e o psicodrama

Você já ouviu falar em psicodrama? Ao falar de tudo sobre a Constelação Familiar, não poderíamos deixar de citá-lo.

Nesta técnica o indivíduo performa situações vivenciadas no dia a dia. Assim, com a ajuda do terapeuta são feitas abordagens para entender o mindset que acompanha cada cena representada.

O que isso tem a ver com Constelação Familiar? Bem, o mediador por atender a familiar em grupo ou atender indivíduos da família.

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